A PRVias, uma empresa Motiva, precisou usar pela primeira vez, desde o início da operação de rodovias do Lote 3 do Paraná, o Protocolo START (Simple Triage and Rapid Treatment, ou triagem simples e tratamento rápido, em tradução do inglês) para socorro a múltiplas vítimas em acidente, na ocorrência do km 488 da BR-376, em Ponta Grossa.
Um caminhão que estava parado em uma oficina mecânica, no sentido sul, transpôs a pista e invadiu a pista contrária, no sentido norte, colidindo com outros veículos e deixando 16 feridos em dez veículos, entre os quais um caminhão que ficou pendurado em um viaduto.
O protocolo busca coordenar os atendimentos, ao identificar e tratar primeiro aqueles com maior gravidade e com maior probabilidade de sobrevivência, otimizando os recursos disponíveis e salvando o máximo de vidas possível. A avaliação dos pacientes precisa ser rápida e os socorristas medem respiração, circulação sanguínea e a capacidade dos feridos de responderem a pedidos como abrir os olhos.
Na sequência, separam as vítimas por cores, com o vermelho como prioridade máxima para estado grave com chance de sobrevivência, amarelo para os que não estão sob risco imediato de morte e podem aguardar atendimento e verde para vítimas leves.
Há ainda a cor preta ou cinza, para pessoas em parada cardiorrespiratória ou lesão incompatível com a vida, com pouca ou nenhuma chance de sobreviver – o que, felizmente, não foi ocorreu no acidente em Ponta Grossa.
A concessionária direcionou ambulâncias de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), guinchos e veículos de inspeção ao local, além do apoio de equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e do SAMU, que também usou um helicóptero no socorro. Três pessoas foram encaminhadas a hospitais e outras 13 foram consideradas como leves.
O gerente de operações da PRVias, Arrison Szesz, afirma que o treinamento das equipes está alinhado ao que há de mais atualizado em termos de tecnologia e protocolos de salvamento. “Um caso com muitas vítimas exige um trabalho rápido, que é determinante para uma pessoa em estado grave. Os socorristas que chegam antes ao local fazem a triagem e agilizam o trabalho das outras equipes de APH”, diz.
O supervisor de APH da PRVias, Rafael Rech, lembra que os socorristas passaram por 118 horas de treinamento em 15 dias, para que os profissionais estejam preparados para oferecer um serviço eficiente e de qualidade a motoristas, motociclistas e pedestres. “Nossos colaboradores estão prontos para acionar o Protocolo START. Com essa capacitação e a estrutura de ponta que temos nas ambulâncias, temos mais condições de salvar vidas."
Balanço de atendimentos
A PRVias registrou 384 atendimentos das equipes de APH desde 16 de maio, quando a concessionária iniciou a operação em 569 quilômetros de rodovias no Paraná. Segundo o levantamento interno, foram 83 atendimentos em maio, 189 em junho e 112 até o dia 16 de julho, data da última atualização. Dos 384 registros, 122, ou 32,55 % do total, ocorreram durante a manhã.
Das 13 bases de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAUs) da concessionária, onde ficam as ambulâncias de APH, as que tiveram mais atendimentos foram a do km 60 da PR-445, em Londrina, com 61 registros, e a do km 517 da BR-376, em Ponta Grossa, com 58 atendimentos.
Sobre a PRVias – A PRVias, uma empresa Motiva, é responsável pela concessão de 569 quilômetros de rodovias no estado do Paraná e abrange 21 municípios nas rodovias BR-369, BR-376, BR-373, PR-445, PR-170, PR-323 e PR-090. O investimento ao longo de 30 anos será de R$ 16 bilhões em obras de melhorias de infraestrutura viária, como contornos, duplicações e faixas adicionais, além da operação.
Sobre a Motiva – Maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, atua nas plataformas de Rodovias, Trilhos e Aeroportos. São 39 ativos, em 13 estados brasileiros e 16 mil colaboradores. A Companhia é responsável pela gestão e manutenção de 4.475 quilômetros de rodovias, realizando cerca de 3,6 mil atendimentos diariamente. Em Trilhos, por meio da gestão de metrôs, trens e VLT, transporta anualmente 750 milhões de passageiros. Em Aeroportos, com 17 unidades no Brasil e três no exterior, atende aproximadamente 45 milhões de clientes anualmente. Foi a primeira empresa a abrir capital no Novo Mercado da B3 e compõe há 14 anos o hall de sustentabilidade da B3.